Golpistas de Honduras gastaram R$ 700 mil para ter apoio americano

O governo golpista de Honduras e seus aliados conseguiram adquirir certa influência em Washington, mediante uma campanha de lobby conduzida após o golpe de Estado, afirmou nesta quinta-feira (8) o New York Times. Congressistas receberam cartas sem remetente pedindo a revisão do nome do novo embaixador americano para o Brasil, Thomas Shannon.

De acordo com o jornal, a campanha "teve o efeito de obrigar o governo a enviar sinais contraditórios ao governo de fato, que os vê como sinais de incentivo".

A campanha de lobby já custou US$ 400 mil (cerca de R$ 700 mil) em firmas de advogados e de relações públicas que mantêm relações estreitas com a secretária de Estado Hillary Clinton e o influente senador republicano John McCain.

O lobby recebeu o apoio de três altos representantes do governo americano - Otto Reich, Roger Noriega e Daniel Fisk - que consideram o caso de Honduras como uma batalha contra a influência da Venezuela e de Cuba. Mediante pressões exercidas no Congresso através de um grupo de legisladores encabeçados pelo senador Jim DeMint da Carolina do Sul, a campanha conseguiu inclusive deter nomeações no governo. Segundo a reportagem, mensagens sem remetente chegaram aos gabinetes dos congressistas pedindo a revisão da nomeação de Thomas Shannon como embaixador americano para o Brasil. Shannon já foi indicado por Barack Obama, mas ainda atua como subsecretário de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental. O diplomata americano faz parte da missão da OEA (Organização dos Estados Americanos) que está em Honduras negociando um fim para a crise. Segundo o New York Times, apesar de Obama ter condenado publicamente o golpe, o departamento de Estado "enviou mensagens a legisladores por outros canais, expressando seu respaldo a Zelaya em termos mais ambíguos".

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