Consema autoriza prefeitura de Guarapari a licenciar obras predatórias em Meaípe

O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) atendeu ao requerimento da prefeitura de Guarapari e deu autorização a que o licenciamento ambiental do complexo noturno Multiplace Mais seja feito pelo município. O Multiplace construiu às margens do manancial e é acusado de degradar o rio Meaípe e o mangue na região. Para ambientalistas, a medida é uma manobra para facilitar a atividade da empresa.

O Multiplace Mais, segundo os ambientalistas destruiu o manguezal com instalações de 15 metros de comprimento por quatro de largura para construir um depósito e um banheiro sobre o rio. O crime de degradação foi denunciado pela primeira vem em 2005. Na ocasião, a empresa recebeu notificações para que os empresários parassem as edificações sobre o rio Meaípe. Mas tanto as notificações como os embargos promovidos foram desrespeitados.

Em 2007, segundo o MPES, o Multiplace Mais também teve problemas com a Justiça ao construir uma ponte de concreto sobre o rio Meaípe sem licenciamento ou autorização do órgão ambiental. Mas só em 2009 a empresa foi intimada por liminar requerida em Ação Civil Pública do Ministério Público Estadual (MPES) a recuperar a área e destruir as edificações. O MPES pediu também indenização de R$ 5 milhões, que serão revertidos para o Fundo Municipal do Meio Ambiente de Guarapari (Fundemag). Entretanto, pouco mudou na região, denunciam os ambientalistas.

Em todas aquelas ocasiões a prefeitura do município esteve ciente dos danos, mas, segundo os moradores da região, nada foi feito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Guarapari. O receio, portanto, é que, mesmo com a concessão da liminar, o Multiplace Mais consiga dar continuidade a eventuais construções às margens e sobre o rio Meaípe.

As denúncias dos crimes ambientais praticados em Meaípe são feitas pela Comissão de Meio Ambiente da Associação dos Moradores do balneário há anos. Os crimes cometidos pelos donos da boate, Bruno e Nelson Lawall, já foram denunciados ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) no processo nº 02009000247/2005-94, ao MPES de Guarapari, à Delegacia Especializada em Meio Ambiente da Polícia Civil, á Polícia Ambiental, ao Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e ao MPE, na esfera do Estado, assim como à prefeitura de Guarapari.

A luta contra a degradação do rio Meaípe, decorrente de construções realizadas por proprietários de estabelecimentos comerciais, já dura mais de quatro anos. Após inúmeras denúncias, o Centro de Apoio do Meio Ambiente do MPE promoveu vistorias no local, quando foi comprovada a degradação.

Denúncias apontam, ainda, que também agridem a natureza em Meaípe, destruindo o pouco que resta do manguezal da foz do rio e do próprio rio, os proprietários do Hotel da Léa e Hotel Gaeta, alem do comerciante Élio Virgílio Pimentel.

Os moradores também lutam para salvar a Ponta de Meaípe, que vem sendo ocupada e destruída pelo comerciante Sebastião Canal, do ramo imobiliário, e por Rafael Fassarela, como apontam. A região é protegida por legislação federal, estadual e municipal, mas, segundo eles, a prefeitura não combate a degradação na região, deixando os moradores e o meio ambiente desamparados.

A deliberação do Consema nº003/2010 foi publicada no Diário Oficial dos Poderes do Estado dessa segunda-feira (19).

 

Fonte: seculodiario

Estranho

Em um município já com os espaços esgotados, jogar fora uma área desta, em ótima localização, chama atenção. O mais grave é que a iniciativa foi aprovada pela Câmara e o metro quadrado, que é caríssimo na região, vendido a um preço bem menor, totalizando R$ 5 milhões, divididos em suaves prestações. Bom negócio para o empresário, péssimo negócio para a população. E ai. prefeito Edson Magalhães (PPS)?

Fonte : seculodiario

Acre terá 100% das cidades com cobertura de internet gratuita

O governador do Acre, Binho Marques (PT), anunciou nesta semana o programa Floresta Digital, através do qual todas as cidades do Acre terão acesso a um sinal de internet livre. “Este é um grande projeto, o Acre será o primeiro Estado no Brasil a ter 100% de suas cidades digitais”.

Em alguns pontos da capital, como a Arena da Floresta, Praça da Biblioteca e no Mercado Velho já é possível acessar gratuitamente a internet. Até o final deste mês, o Floresta Digital será lançado, o que irá garantir que em 100 pontos de Rio Branco, por exemplo, as pessoas possam utilizar o laptop e acessar a rede.

“Vamos garantir também que 100% da cidade tenha sinal gratuito. Quem tiver computador, vai ter acesso, basta comprar uma antena”.

A internet será aberta também nos parques da Maternidade e do Tucumã, no campus universitário, escolas, Fundação Hospitalar, Unidade de Pronto Atendimento.

Além disso, a inclusão digital inclui ainda a disponibilização de vários pontos. Na Biblioteca Pública, por exemplo, são 80 equipamentos. As pessoas que não têm computador, não ficam de fora da inclusão, já que os 22 municípios contam com estrutura. São as Comunidades Digitais, uma espécie de Lan House pública.

“O governo está trabalhando para levar a internet para o meio da floresta, nas colônias, nas terras indígenas, não só nas cidades as pessoas vão poder acessar”.

O governador destacou ainda durante o Dois Dedos de Prosa, que o Floresta Digital foi apresentado ao presidente Lula e ao presidente Alan Garcia. “Eles ficaram interessados, porque isso faz uma mudança radical na vida das pessoas, especialmente dos jovens”.

Binho finalizou dizendo que o Governo do Estado está investindo na compra de um computador para cada aluno da escola pública do último ano do ensino médio, para que eles possam fazer um curso superior à distância. “Isto irá garantir mais um salto na melhoria da educação e na emancipação do nosso povo”. (Agência de Notícias do Acre)

Sensus aponta empate: Serra 32,7% e Dilma 32,4%

Pesquisa divulgada ontem pelo instituto Sensus informa que acabou a vantagem que o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, manteve durante mais de um ano sobre a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. Serra e Dilma estão empatados, tanto nas simulações de primeiro quanto de segundo turno, apurou o Sensus, que ouviu 2.000 eleitores em 136 municípios de 24 estados, no período de 5 a 9 de abril.

    De acordo com o instituto – um dos quatro maiores do país – Serra obteve 32,7% das intenções de voto, enquanto 32,4% dos eleitores declararam que votarão em Dilma. O pré-candidato do PSB, Ciro Gomes, obteve 10,1%, e Marina Silva, do PV, 8,1%. A margem de erro é de 2,2%. Na simulação de segundo turno, Serra obteve 41,7% e Dilma 39,7%.

   Essa pesquisa é a primeira a apontar diferença inferior a 1 ponto percentual entre Serra e Dilma, mas a terceira, desde o início deste ano, a identificar empate técnico entre os candidatos do PSDB e do PT. No início de abril o instituto Vox Populi apurou 34% para Serra e 31% para Dilma, com margem de erro de 2,2% para mais ou para menos. Antes, no início de fevereiro, o próprio instituto Sensus, em pesquisa para a Confederação Nacional do Transporte, apontou 33,2% para Serra e 27,8% para Dilma, com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Agora a pesquisa do Sensus foi feita para o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada de São Paulo.

    O instituto simulou a disputa de primeiro turno sem o pré-candidato do PSB, Ciro. Também neste cenário a pesquisa aponta empate entre Serra e Dilma: 36,8% a 34%.

Marina Silva ficou com 10,6%.

PETISTA LIDERA ESPONTÂNEA

    A pesquisa espontânea, em que o entrevistador não cita o nome de qualquer candidato, também é animadora para Dilma. A pré-candidata petista obteve 16% das intenções de voto, enquanto Serra obteve 13,6%. Somados os índices de Dilma aos do presidente Lula, que não pode concorrer, as intenções de voto chegam a 31,3% – quase duas vezes e meia a parcela de eleitores que declarou voto em Serra na pesquisa espontânea.

REJEIÇÃO A SERRA É MAIOR

A pré-candidata do PT é, segundo a pesquisa Sensus, a menos rejeitada entre os postulantes à Presidência. A parcela de eleitores que não votaria em Dilma ficou em 26,3%. Não votariam em Marina 30,7%; em Serra, 28,1%; e em Ciro, 27,9%.

MAIS DE 60% COM LULA

   O Sensus avaliou ainda o potencial de transferência de votos do presidente Lula, que apoia Dilma, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apoia Serra. Apurou que 61,6% dos eleitores votarão ou poderão votar na candidatura apoiada por Lula, enquanto menos da metade – 28,4% – votarão ou poderão votar no candidato apoiado por FHC. Quase 25% dos eleitores disseram que a candidatura apoiada por Lula é a única em que votariam. Essa parcela é pouco menos de cinco vezes maior do que a de eleitores que votariam com certeza no candidato apoiado por Fernando Henrique (5,1%).

Há ainda direita e esquerda?

Emir Sader

Diante de alguns argumentos que ainda subsistem sobre o suposto fim da divisão entre direita e esquerda, aqui vão algumas diferenças. Acrescentem outras, se acharem que a diferença ainda faz sentido.
Direita: A desigualdade sempre existiu e sempre existirá. Ela é produto da maior capacidade e disposição de uns e da menor capacidade e menor disposição de outros. Como se diz nos EUA, “não há pobres, há fracassados”.
Esquerda: A desigualdade é um produto social de economias – como a de mercado – em que as condições de competição são absolutamente desiguais.
Direita: É preferível a injustiça, do que a desordem.
Esquerda: A luta contra as injustiças é a luta mais importante, nem que sejas preciso construir uma ordem diferente da atual.
Direita: É melhor ser aliado secundário dos ricos do mundo, do que ser aliado dos pobres.
Esquerda: Temos um destino comum com os países do Sul do mundo, vitimas do colonialismo e do imperialismo, temos que lutar com eles por uma ordem mundial distinta.
Direita: O Brasil não deve ser mais do que sempre foi.
Esquerda: O Brasil pode ser um país com presença no Sul do mundo e um agente de paz em conflitos mundiais em outras regiões do mundo.
Direita: O Estado deve ser mínimo. Os bancos públicos devem ser privatizados, assim como as outras empresas estatais.
Esquerda: O Estado tem responsabilidades essenciais, na indução do crescimento econômico, nas políticas de direitos sociais, em investimentos estratégicos como infra-estrutura, estradas, habitação, saneamento básico, entre outros. Os bancos públicos têm um papel essencial nesses projetos.
Direita: O crescimento econômico é incompatível com controle da inflação. A economia não pode crescer mais do que 3% a ano, para não se correr o risco de inflação.
Direita: Os gastos com pobres não têm retorno, são inúteis socialmente, ineficientes economicamente.
Esquerda: Os gastos com políticos sociais dirigidas aos mais pobres afirmam direitos essenciais de cidadania para todos.
Direita: O Bolsa Família e outras políticas desse tipo são “assistencialismo”, que acostumam as pessoas a depender do Estado, a não ser auto suficientes.
Esquerda: O Bolsa Família e outras políticas desse tipo são essenciais, para construir uma sociedade de integração de todos aos direitos essenciais.
Direita: A reforma tributária deve ser feita para desonerar aos setores empresariais e facilitar a produção e a exportação.
Esquerda: A reforma tributária deve obedecer o principio segundo o qual “quem tem mais, paga mais”, para redistribuir renda, com o Estado atuando mediante políticas sociais para diminuir as desigualdades produzidas pelo mercado.
Direita: Quanto menos impostos as pessoas pagarem, melhor. O Estado expropria recursos dos indivíduos e das empresas, que estariam melhor nas mãos destes. O Estado sustenta a burocratas ineficientes com esses recursos.
Esquerda: A tributação serva para afirmar direitos fundamentais das pessoas – como educação e saúde publica, habitação popular, saneamento básico, infra-estrutura, direitos culturais, transporte publico, estradas, etc. A grande maioria dos servidores públicos são professores, pessoal médico e outros, que atendem diretamente às pessoas que necessitam dos serviços públicos.
Direita: A liberdade de imprensa é essencial, ela consiste no direito dos órgãos de imprensa de publicar informações e opiniões, conforme seu livre arbítrio. Qualquer controle viola uma liberdade essencial da democracia.
Esquerda: A imprensa deve servir para formar democraticamente a opinao pública, em que todos tenham direitos iguais de expressar seus pontos de vista. Uma imprensa fundada em empresas privadas, financiadas pela publicidade das grandes empresas privadas, atende aos interesses delas, ainda mais se são empresas baseadas na propriedade de algumas famílias.
Direita: A Lei Pelé trouxe profissionalismo ao futebol e libertou os jogadores do poder dos clubes.
Esquerda: A Lei Pelé mercantilizou definitivamente o futebol, que agora está nas mãos dos grandes empresários privados, enquanto os clubes, que podem formar jogadores, que tem suas diretorias eleitas pelos sócios, estão quebrados financeiramente. A Lei Pelé representa o neoliberalismo no esporte.
Direita: O capitalismo é o sistema mais avançado que a humanidade construiu, todos os outros são retrocessos, estamos destinados a viver no capitalismo.
Esquerda: O capitalismo, como todo tipo de sociedade, é um sistema histórico, que teve começo e pode ter fim, como todos os outros. Está baseado na apropriação do trabalho alheio, promove o enriquecimento de uns às custas dos outros, tende à concentração de riqueza por um lado, à exclusão social por outro, e deve ser substituído por um tipo de sociedade que atenda às necessidades de todos.
Direita: Os blogs são irresponsáveis, a internet deve ser controlada, para garantir o monopólio da empresas de mídia já existentes. As chamadas rádios comunitárias são rádios piratas, que ferem as leis vigentes.
Esquerda: A democracia requer que se incentivo aos mais diferentes tipos de espaço de expressão da diversidade cultural e de opinião de todos, rompendo com os monopólios privados, que impedem a democratização da sociedade. Por Emir Sader.

O "dono" de Guarapari.

Vox Populi: Dilma sobe; está tecnicamente empatada com Serra

O Jornal da Band divulgou neste sábado a nova pesquisa Vox Populi para presidente da República. José Serra (PSDB) tem 34% e DilmaRousseff  (PT), 31%. Portanto, estão tecnicamente empatados, já que a margem de erro é de 2,2 pontos.

Em relação à pesquisa Vox Populi de janeiro, Serra estacionou.  O candidato tucano tinha 34% e permaneceu nos 34%. Já Dilma subiu 5 pontos: de 27% para 31%.

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Operação “Tempestade no Cerrado”, o que fazer?

O PT é um partido sem mídia…
O PSDB é uma mídia com partido…

por Mauro Carrara

“Tempestade no Cerrado”: é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.

A expressão é inspirada na operação “Tempestade no Deserto”, realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo.

Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.

A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.

A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.

As conversas tensas nos “aquários” do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque.

1)    Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.

2)     Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.

3)     Ressuscitar o caso “Mensalão”, de 2005, e explorá-lo ao máximo. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.

4)     Elevar o tom de voz nos editoriais.

5)     Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de “censura”.

6)     Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.

7)     Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.

8)     Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.

Quem está por trás

Parte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral.

É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.

A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo “cientista político” Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo.

Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.

O conteúdo

As manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda.

Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e “vetada” pelo TCU.

Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009.

Criam deturpações numéricas.

A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto “Minha Casa, Minha Vida” está fadado ao fracasso.

Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas.

O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis.

Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.

A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses.

A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.

Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena.

É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.

Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material  é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.

É o caso da “bomba” requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai “admitir” (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.

Crimes anônimos na Internet

Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.

Três deles merecem destaque…

1)     O “Bolsa Bandido”. Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.

2)     Dilma “terrorista”. Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: “Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas”.

3)   O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.

O que fazer

Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.

Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.

Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.

São cinco as tarefas imediatas…

1)     Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.

2)     Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.

3)     Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4)     Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5)     Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor.

Fonte: Viomundo