Brasil decola: Ascensão econômica do país é tema de capa da The Economist

4609LD1 A ascensão econômica do Brasil é o tema da capa, de um editorial e de um especial de 14 páginas da edição desta semana da revista britânica The Economist, divulgada nesta quinta-feira. Intitulado Brazil Takes Off (“O Brasil Decola”, em tradução literal), o editorial afirma que o país parece ter feito sua entrada no cenário mundial, marcada simbolicamente pela escolha do Rio como sede olímpica em 2016.

A revista diz que, se em 2003 a inclusão do Brasil no grupo de emergentes Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) surpreendeu muitos, hoje ela se mostrou acertada, já que o país vem apresentando um desempenho econômico invejável.

A Economist afirma também que o Brasil chega a superar outros Bric. “Ao contrário da China, é uma democracia, ao contrário da Índia, não possui insurgentes, conflitos étnicos, religiosos ou vizinhos hostis. Ao contrário da Rússia, exporta mais que petróleo e armas e trata investidores estrangeiros com respeito.”

No especial de 14 páginas, oito reportagens analisam as razões do sucesso econômico brasileiro e seus potenciais riscos.

Mendes responde a FHC

Para onde não vamos

CANDIDO MENDES, na Folha

O ex-presidente pergunta-se, indeciso, para onde vamos. Mas as próximas eleições mostrarão para onde não voltamos

O ARTIGO do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (”Para onde vamos”) revigora todo o debate político nacional, tirando as oposições de sua presente e contundente mediocridade. Amplo no propósito e na riqueza polêmica, parte da afirmação de que tudo que é bom no atual governo já veio de antes e que o mal de agora apenas começa.

Há, sim, confronto radical entre os dois regimes, ao contrário do que diz, e os tucanos abriram o país à globalização privatista hegemônica, enquanto o petismo vai hoje, com a melhoria social do país, à recuperação do poder do Estado, numa efetiva economia de desenvolvimento sustentável.

A legislação do petróleo, em projeto que ora assaca ao governo o ex-presidente, quer corrigir os efeitos da emenda constitucional de 1995, que desfigurou o monopólio do petróleo da Carta do dr. Ulysses num regime de concessão que, inclusive, entrega aos exploradores do subsolo nacional “a propriedade” do óleo extraído.

A partilha, sim, é o novo instrumento, nada “mal-ajambrado”, em que volta, por inteiro, ao Estado o direito aos proventos dessa extração, ampliando sua destinação social imediata. Diga-o, agora, a Noruega, o país mais desenvolvido e democrático do mundo, que, exatamente, adotou esse regime nas suas riquezas do mar do Norte, deixando as concessões no cemitério das ideologias liberais capitalistas de há uma vintena.

O governo Lula reassegurou a presença do Estado para a efetiva mudança da infraestrutura, que pede o desenvolvimento, atrasado durante o progressismo liberal do PSDB, como mostravam os primeiros resultados do PAC, a contemplar entre os seus principais beneficiários, inclusive, o governo de São Paulo.

O país não frui ainda, claro, o programa Minha Casa, Minha Vida, mas sabe que o Bolsa Família colocou a população de uma Colômbia na nossa economia de mercado.

Claro, também enfrentamos o risco da absorção corporativa sindical no controle dos recursos públicos.

Mas essa é etapa adiante da página que se virou de vez, ou seja, do retorno ao controle pelo status quo, sob a ideologia social-democrata, de autolimitação do poder do Estado ou da crença dos progressismos espontâneos, sem dor para o país instalado, como professa a oposição a Lula.

O embaraço do tucanato em reconhecer o “entreguismo” dos controles públicos durante o seu governo é o mesmo que o alvoroça a assimilar o governo Lula ao “populismo autoritário peronista”.

São comparações regressivas, que não se dão conta da experiência única da chegada do “outro país” ao poder, contra o desespero da violência dos “sem-nada”, das Farc colombianas ou do Sendero Luminoso, no Peru, e assentou, de vez, uma maioria nacional, consciente de suas opções.

Realizar-se ou não o que seja, hoje, na sua originalidade, o “povo de Lula”, é a diferença entre o Brasil “bem” e o país da mudança.

O petismo não é o justicialismo peronista, e hoje a nossa consciência coletiva supera o próprio partido, na solidez do que não quer para o futuro.

Essa nossa adesão ao novo, aliás, foi adiante, até, da própria legenda e de suas siderações pelas vantagens do poder, nessa matriz de um evento político que torna as futuras eleições tão distintas de uma escolha da hora entre situacionismos cansados e oposições gulosas. E o Brasil potência, tão profligado pelo ex-presidente, é a configuração emergente desse país que sabe que não volta ao berço esplêndido da nação dos ricos.

Mais que a denúncia dos “pequenos assassinatos” a minar “devagarzinho” o espírito democrático, o que entra pelos olhos do Brasil na conduta de Lula é a determinação visceral do governo de não ceder a um terceiro mandato, avassaladoramente acolhível, se assim quisesse o presidente, por emenda constitucional, tal como o governo tucano desfigurou o monopólio do petróleo.

No inverso de Chávez, Lula, no seu gesto, reafirma o essencial da democracia, que é o cumprimento das regras do jogo, no que diga a Carta, por maior que seja o poder da hora de quem está no palácio.

O ex-presidente pergunta-se, indeciso, para onde vamos. Mas as próximas eleições mostrarão para onde não voltamos, tanto quanto a nação de Lula sabe que, no Brasil, é “o povo como povo” intrinsecamente melhor que as suas “elites como elites”.

CANDIDO MENDES , 81, membro da Academia Brasileira de Letras e da Comissão de Justiça e Paz, é presidente do “senior Board” do Conselho Internacional de Ciências Sociais da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e secretário-geral da Academia da Latinidade.

Postura de Baioco favorece Perly no segundo turno

baioco A frase de Baioco em alguns debates entre os candidatos à presidência do PT tem deixado a militância assustada. Ele vem dizendo que os que não concordam com sua postura devem votar no candidato da “Construindo um Novo Brasil” (CNB), Perly Cipriano. A eleição será no próximo dia 22 de novembro.

A estratégia, além de tirar votos do campo majoritário, mostra qual será a postura do grupo em um provável segundo turno da eleição. Na eleição passada, o atual presidente do partido, Givaldo Vieira, tinha 43% dos votos, contra 25,9% da “Articulação de Esquerda”, de Baioco, e 27,8%, da “Construindo um Novo Brasil”, na época representada unicamente por Tarciso Vargas.

Este ano, os observadores vislumbram uma queda, ainda que pequena, de Givaldo, que estaria girando em torno dos 40% das intenções de votos, contra 23% de Baioco e 25% de Perly. Este ano, a “Construindo um Novo Brasil” está dividida, contando ainda com a candidatura de Tarciso Vargas, que tem pouco mais de 10% das intenções de votos.

A tendência é de que os ataques de Baioco ao campo majoritário do PT/ES e à decisão antecipada do PT de definir o apoio ao candidato do PMDB, Ricardo Ferraço, para a eleição 2010, enfraqueça Givaldo, ao mesmo tempo em que fortalece não só a sua candidatura, mas também a de Perly, autor do recurso ao lado da deputada federal Iriny Lopes, da “Articulação de Esquerda”, à Executiva Nacional para reverter a resolução de apoio a Ricardo.

Para Baioco, o partido deve ter uma postura protagonista na discussão da eleição 2010 e não ficar subordinada ao mapa eleitoral traçado pelo governador Paulo Hartung. Perly não é contrario ao apoio ao peemedebista, mas à forma antecipada como a decisão foi tomada, em junho passado, já que em todo o País o PT só vai se posicionar sobre a eleição nos estados em fevereiro do próximo ano.

A aproximação de Baioco e Perly relembram a eleição passada, quando as duas correntes estiveram juntas no segundo turno contra a corrente de Givaldo, que naquela ocasião era encabeçada por Carlos Casteglione, que deixou a direção do PT após a eleição para assumir a prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim (sul do Estado).

Xerox : : seculodiario

GLOBO REINVENTA O JORNALISMO

Veja acima e testemunhe o nascimento de uma nova era no Jornalismo, em que, antes de ouvir o entrevistado, o repórter diz o que o entrevistado vai dizer e o entrevistado não diz o que o entrevistador disse que ele diria.
Entendeu?

Xerox: :conversaafiada

Vox Populi: Dilma sobe! Serra despenca!

Cena I

Serra: 36% / Antes: 40%;
Dilma: 19% / Antes: 15%;
Ciro: 13% / antes: 12%;
Heloísa: 6% / Antes: não constou na pesquisa;
Marina: 3% / Antes: 5%;
Nulo, branco e não sabe: 23%.

Cena II

Dilma: 20%;
Ciro: 19%;
Aécio: 18%;
Heloísa: 8%;
Marina 4%.

Rejeição

Dilma: 12%;
Serra: 11%;
Heloísa: 10%;
Ciro Gomes: 8%;
Aécio Neves: 5%.

Já decidiu em quem votar: 33%;
Não decidiu, mas tem uma idéia: 12%;
Não decidiu e não sabe em quem votará: 55%.

64% querem maior controle do governo na economia

A pesquisa feita a pedido da BBC em 27 países e divulgada nesta segunda-feira revelou que 64% dos brasileiros entrevistados defendem mais controle do governo sobre as principais indústrias do país.

Não apenas isso: 87% dos entrevistados defenderam que o governo tenha um maior papel regulando os negócios no país, enquanto 89% defenderam que o Estado seja mais ativo promovendo a distribuição de riquezas.

A insatisfação dos brasileiros com o capitalismo de livre mercado chamou a atenção dos pesquisadores, que qualificaram de "impressionante" os resultados do país.

"Não é que as pessoas digam, sem pensar, 'sim, queremos que o governo regulamente mais a atividade das empresas'. No Brasil existe um clamor particular em relação a isso", disse Steven Kull, o diretor do Programa sobre Atitudes em Políticas Internacionais (Pipa, na sigla em inglês), com sede em Washington.

O percentual de brasileiros que disseram que o capitalismo "tem muitos problemas e precisamos de um novo sistema econômico" (35%) foi maior que a média mundial (23%).

Enquanto isso, apenas 8% dos brasileiros opinaram que o sistema "funciona bem e mais regulação o tornaria menos eficiente", contra 11% na média mundial.

Para outros 43% dos entrevistados brasileiros, o livre mercado "tem alguns problemas, que podem ser resolvidos através de mais regulação ou controle". A média mundial foi de 51%.

"É uma expressão de grande insatisfação com o sistema e uma falta de confiança de que possa ser corrigido", disse Kull.

"Ao mesmo tempo, não devemos entender que 35% dos brasileiros querem algum tipo de socialismo, esta pergunta não foi incluída. Mas os brasileiros estão tão insatisfeitos com o capitalismo que estão interessados em procurar alternativas."

A pesquisa ouviu 835 entrevistados entre os dias 2 e 4 de julho, nas ruas de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Globalização

O levantamento é divulgado em um momento em que o país discute a questão da presença estatal na economia.

Definir para que caixa vai a receita levantada com a exploração de recursos naturais importantes, como o petróleo da camada pré-sal, divide opiniões entre os que defendem mais e menos presença do governo no setor econômico.

Steven Kull avaliou que esta discussão não é apenas brasileira, mas latino-americana. Para ele, o continente está "mais à esquerda" em relação a outras regiões do mundo.

A pesquisa reflete o "giro para a esquerda" que o continente experimentou no fim da década de 1990, quando o modelo de abertura de mercado que se seguiu à queda do muro de Berlim e à dissolução da antiga União Soviética dava sinais de esgotamento.

Começando com a eleição de líderes como Hugo Chávez, na Venezuela, em 1998, o continente viu outros presidentes de esquerda chegarem ao poder, como o próprio Luiz Inácio Lula da Silva, Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador).

Mas Kull disse não crer que o ceticismo dos brasileiros na pesquisa "seja necessariamente uma rejeição do processo de abertura dos anos 1990".

"Vimos em pesquisas anteriores que os brasileiros não são os mais entusiasmados com a globalização", disse.

"Eles ainda são bastante negativos em relação à globalização, e o que vemos aqui (nesta pesquisa) é mais o desejo de que o governo faça mais para mitigar os efeitos negativos dela, melhorar a distribuição de renda e colocar mais restrições à atividade das empresas."

Mas ele ressalvou: "Lembre-se de que a resposta dominante aqui é que o capitalismo tem problemas, mas pode ser melhorado com reformas. A rejeição ao atual sistema econômico e à abertura econômica não é dominante, é que há um desejo maior de contrabalancear os efeitos disto".

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Para FHC cortar o pulso 2

País cresce a 9% no 3º trimestre

A economia brasileira cresceu no terceiro trimestre deste ano em ritmo chinês, com taxa anualizada do Produto Interno Bruto (PIB) beirando 9%, apontam as projeções de várias consultorias independentes. O número oficial do desempenho do PIB do terceiro trimestre, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), será conhecido em 10 de dezembro.

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Pesquisa em Vila Velha

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Circula nos bastidores da Prefeitura de Vila Velha uma pesquisa de consumo interno sobre a disputa pelo governo do Estado em 2010. No maior colégio eleitoral capixaba, a ordem de colocação permanece a mesma constatada em outros levantamentos que já tive acesso: Renato Casagrande (PSB), Ricardo Ferraço (PMDB) e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB).

Os números mostram que o senador socialista estaria com 35%, contra 24% do vice-governador peemedebista e 22% do deputado federal tucano. Os resultados saíram há cerca de duas semanas e mostram que o prefeito da cidade, Neucimar Fraga (PR), não tem trazido resultados como cabo eleitoral de Ricardo.

Xerox: politicaepoder

Revelam ainda que Luiz Paulo mantém um eleitorado fiel no município canela-verde. Mas alguns aliados do Palácio Anchieta acreditam que o trabalho do vice-governador à frente da mobilização em favor das vítimas das recentes chuvas que atingiram o Espírito Santo poderá afetar a opinião do eleitorado, principalmente de Vila Velha, um dos mais atingidos.

Para mudar esse quadro, Ricardo tem sido colocado na dianteira dos projetos e anúncios mais importantes do governo, posição que antes era ocupada apenas pelo governador Paulo Hartung (PMDB). São as ferramentas para que ele se viabilize.

Em recente conversa com jornalistas, Hartung revelou que o prazo para que seu vice se viabilizasse, antes estabelecido até o final deste ano, foi estendido. O governador informou que agora ele vai até depois do Carnaval, quando, segundo a máxima brasileira, começa o ano de verdade. E até lá, cada bloco vem cuidando de suas alas para não fazer feio na avenida, em um desfile que só termina em outubro de 2010.

Saiba mais sobre o "tucanoduto mineiro" - Relátorio da Polícia Federal

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O julgamento de senador mineiro Eduardo Azeredo (PSDB) no STF (Supremo Tribunal Fedeal) nesta quarta-feira é o primeiro envolvendo os suspeitos de terem participado do mensalão mineiro, como ficou conhecido o esquema de caixa dois que teria sido feito durante a campanha para a reeleição de Azeredo ao governo de Minas Gerais, em 1998. Azeredo perdeu a eleição para Itamar Franco na época.

Baixe aqui o Relatório da PF sobre o TUCANODUTO

Livro-bomba acusa FHC de receber milhões de dólares da CIA

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Mal chegou às livrarias e Quem pagou a conta? A CIA na guerra fria da cultura já se transformou na gazua que os adversários dos tucanos e neoliberais de todos os matizes mais desejavam. Em mensagens distribuída, neste domingo, pela internet, já é possível perceber o ambiente de enfrentamento que precede as eleições deste ano. A obra da pesquisadora inglesa Frances Stonor Saunders (editada no Brasil pela Record, tradução de Vera Ribeiro), ao mesmo tempo em que pergunta, responde: Quem "pagava a conta" era a CIA, a mesma fonte que financiou os US$ 145 mil iniciais para a tentativa de dominação cultural e ideológica do Brasil, assim como os milhões de dólares que os procederam, todos entregues pela Fundação Ford a Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do país no período de 1994 a 2002.

O comentário sobre o livro consta na coluna do jornalista Sebastião Nery, na edição deste domingo do diário carioca Tribuna da Imprensa.

"Não dá para resumir em uma coluna de jornal um livro que é um terremoto. São 550 páginas documentadas, minuciosa e magistralmente escritas: "Consistente e fascinante" (The Washington Post). "Um livro que é uma martelada, e que estabelece em definitivo a verdade sobre as atividades da CIA" (Spectator). "Uma história crucial sobre as energias comprometedoras e sobre a manipulação de toda uma era muito recente" (The Times).

Dinheiro da CIA para FHC

"Numa noite de inverno do ano de 1969, nos escritórios da Fundação Ford, no Rio, Fernando Henrique teve uma conversa com Peter Bell, o representante da Fundação Ford no Brasil. Peter Bell se entusiasma e lhe oferece uma ajuda financeira de 145 mil dólares. Nasce o Cebrap". Esta história, assim aparentemente inocente, era a ponta de um iceberg. Está contada na página 154 do livro "Fernando Henrique Cardoso, o Brasil do possível", da jornalista francesa Brigitte Hersant Leoni (Editora Nova Fronteira, Rio, 1997, tradução de Dora Rocha). O "inverno do ano de 1969" era fevereiro de 69.

Fundação Ford

Há menos de 60 dias, em 13 de dezembro, a ditadura havia lançado o AI-5 e jogado o País no máximo do terror do golpe de 64, desde o início financiado, comandado e sustentado pelos Estados Unidos. Centenas de novas cassações e suspensões de direitos políticos estavam sendo assinadas. As prisões, lotadas. Até Juscelino e Lacerda tinham sido presos. E Fernando Henrique recebia da poderosa e notória Fundação Ford uma primeira parcela de 145 mil dólares para fundar o Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). O total do financiamento nunca foi revelado. Na Universidade de São Paulo, sabia-se e se dizia que o compromisso final dos americanos era de 800 mil a um milhão de dólares.

Agente da CIA

Os americanos não estavam jogando dinheiro pela janela. Fernando Henrique já tinha serviços prestados. Eles sabiam em quem estavam aplicando sua grana. Com o economista chileno Faletto, Fernando Henrique havia acabado de lançar o livro "Dependência e desenvolvimento na América Latina", em que os dois defendiam a tese de que países em desenvolvimento ou mais atrasados poderiam desenvolver-se mantendo-se dependentes de outros países mais ricos. Como os Estados Unidos. Montado na cobertura e no dinheiro dos gringos, Fernando Henrique logo se tornou uma "personalidade internacional" e passou a dar " aulas" e fazer "conferências" em universidades norte-americanas e européias. Era "um homem da Fundação Ford". E o que era a Fundação Ford? Uma agente da CIA, um dos braços da CIA, o serviço secreto dos EUA.

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Tarciso Vargas exonera componentes de outras chapas da eleição do PT

A exoneração do subsecretário José Carlos Pigatti não foi um caso isolado na Secretaria de Trabalho e Ação Social. Antes dele, a servidora Neusa Hastenreiter já havia perdido o emprego na secretaria comandada pelo candidato a presidente do PT representando a corrente "Construindo um Novo Brasil" (CNB), Tarciso Vargas. Ambos os servidores integram outra chapa na eleição do PT capixaba e teriam sofrido retaliações.

Ante de exonerar Neusa, Tarciso teria rebaixado a servidora de cargo para que ela aderisse à chapa que comanda. Como a servidora insistira em se manter na chapa do também integrante da corrente CNB, Perly Cipriano, foi demitida. Pigatti estava na secretaria desde quando a pasta era ocupada pelo hoje prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Carlos Casteglione.

Ex-presidente da CUT-ES, Pigatti também apóia Perly Cipriano. Ele pretende levar o caso à direção do Partido, mas, como o atual presidente do PT/ES, Givaldo Vieira, tem o mesmo perfil de Tarciso, poucos acreditam que a direção petista imporá alguma punição ao secretário. Givaldo, que também ocupou a pasta, já declarou que a condição de secretario garante a Tarciso o direito de nomear e exonerar os servidores.

Há ainda uma possibilidade de Tarciso compor chapa com Givaldo caso a eleição do PT do próximo dia 22 tenha um segundo turno. Os dois têm perfis institucionais e defendem o apoio do partido à candidatura do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB).

A defesa da candidatura do peemedebista sem um amplo debate com a militância petista foi, inclusive, o motivo de um racha na corrente CNB, que provocou as duas candidaturas dentro do grupo, já que Perly foi um dos autores do recurso à Executiva Nacional do PT, que revogou a resolução de apoio a Ricardo Ferraço, fechada em junho passado em uma convenção do partido.

Tarciso representa o grupo ligado ao governo e sua trajetória mostra o perfil institucional. Foi secretário de Trabalho no governo Vitor e na prefeitura de Vitória. Também ocupou um cargo federal na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), no primeiro mandato do presidente Lula.

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