Der Spiegel: Lula salta para a Grande Liga da diplomacia mundial
Erich Follath e Jens Glüsing
Cheio de confiança, o presidente brasileiro Luiz Inácio da Silva está elevando seu país ao status global com crescentes avanços na política internacional. Em sua jogada mais recente, ele convenceu o Irã a concordar com um controverso acordo nuclear. Pode oferecer oportunidades para evitar sanções e guerra?
Ele foi acusado de ser muitas coisas no passado, inclusive comunista, um proletário grosseiro e um bêbado. Mas esses dias passaram. No momento em que o Brasil ascende para se tornar um poder econômico, a reputação dele experimentou um crescimento meteórico. Muitos agora vêem o presidente do Brasil como um herói do hemisfério Sul e um importante contrapeso a Washington, Bruxelas e Beijing. A revista americana Time levou a coisa um passo adiante há duas semanas, quando o nomeou “o líder político mais influente do mundo”, mesmo adiante do presidente dos Estados Unidos Barack Obama. Em seu país nativo, há muitos que o enxergam como candidato ao prêmio Nobel da paz.
Convite
O município de Guarapari, através da Federação de Associação de moradores e Movimentos Populares de Guarapari, recebe junto à ONG Parceiros do Bem uma oficina de áudio visual. O intuito dessa parceria é disseminar a cultura no município.
A aquisição de todo o material, como câmeras de vídeo e fotográficas, tripé e ilha de edição, para a montagem da oficina foi possível devido a uma emenda parlamentar criada pela deputada federal Iriny Lopes (PT). O núcleo após um ano de atuação,poderá apresentar um projeto junto ao ministério da cultura para se tornar um ponto de cultura e receber apoio financeiro do governo federal
Para oficializar a parceria, neste sábado, dia 29, a deputada Iriny vai se reunir com os participantes da oficina, convidados e associados da Famompog. A reunião será na Câmara Municipal de Guarapari, às 9h.
Durante a reunião será exibido também um trailer do documentário Bico do Urubu que está sendo produzido pelos alunos da Oficina de Guarapari.
Data: Sábado (29/05/2010)
Horário : 9 horas
Local: Câmara Municipal de Guarapari
Enviado por : Barbara
O Brasil de Lula em todas as frentes
É Lula pra cá, Brasil pra lá! O mundo se agita com as declarações do presidente brasileiro e com as façanhas não somente futebolísticas de seus compatriotas.
Vimos Luiz Inácio Lula da Silva repreendendo a Alemanha por sua hesitação em salvar a Grécia, e oferecendo sua mediação no conflito entre Israel e Palestina.
Vimo-lo tentando, junto com os turcos, arrefecer a questão nuclear iraniana, e apoiar os argentinos em seu conflito contra os britânicos a respeito das Ilhas Malvinas e seu petróleo.
Ou morre o capitalismo ou morre a Terra
“Ou morre o capitalismo ou morre a Terra”, diz Morales ao abrir
Cúpula Climática da ONU , no México.
O presidente boliviano, Evo Morales, um esquerdista de origem aimara, abriu, esta terça-feira, na Bolívia, uma conferência mundial de 20 mil ativistas para discutir propostas contra o aquecimento global e difundir uma mensagem clara: “ou morre o capitalismo, ou morre a Terra”.
Acordo Brasil-Irã e o mal-estar da mídia
Reproduzo artigo do professor Dennis de Oliveira, publicado no sítio da Revista Fórum:
Este final de semana foi cômico para a mídia conservadora que não conseguiu disfarçar o seu mal-estar e incômodo com o acordo obtido pelo governo brasileiro com o Irã a respeito da contenda do programa nuclear da nação persa.
Na sexta e no sábado, a tônica unânime da mídia hegemônica brasileira foi que o presidente Lula estaria “perdendo tempo”, que estava “arriscando a credibilidade internacional do país” ao tentar negociar com um governo já qualificado como “pária”, “autoritário”, “desequilibrado”, entre outros
No domingo, a Folha de S.Paulo estampou na matéria sobre o tema o título “Irã dá ao Brasil um polêmico protagonismo” com duas linhas finas: “Gestões de Lula conseguem reduzir isolamento de Teerã e adiar sanções na ONU, mas dificilmente resultarão em recuo iraniano” e “Esforços por acordo com país persa têm gerado críticas à política externa brasileira; presidente se reúne hoje com Ahmadinejad e Khamenei”.
A matéria do jornalista enviado especial a Teerã, Sammy Adghirni começa com o seguinte lide: “A despeito do discurso otimista, a mediação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas conversas sobre o programa nuclear iraniano provavelmente não surtirá efeito”.
As críticas citadas na linha fina vieram de um analista do jornal Washington Post e de um ex-assessor do governo dos EUA, Bill Clinton. Fontes dos EUA, país diretamente interessado em isolar o Irã por conta da sua estratégia geopolítica internacional que privilegia o enfraquecimento dos países adversários de Israel e o fortalecimento deste (que, diga-se de passagem, possui armas atômicas).
O jornal O Estado de S. Paulo vai na mesma linha e busca apoio para esta posição na aparentemente insuspeita candidata do Partido Verde, a senadora ex-petista Marina Silva, que critica a tentativa de um diálogo com um “governo que desrespeita os direitos humanos”.
Bem, chega o domingo à noite e o acordo é acertado entre Brasil, Irã e Turquia. A aposta no fracasso dá lugar ao ceticismo com misto de inveja e dor de cotovelo. O portal da revista Veja lembra que o Irã já “descumpriu” acordos anteriores e por isto, nada garante que este vai ser cumprido. Lembra ainda que o acordo está restrito a uma das usinas, mas a secretária Hillary Clinton acredita existir outras instalações nucleares no Irã.
O portal da Veja só esqueceu de lembrar que o governo Bush também disse que o Iraque tinha armas de destruição em massa e por isto invadiu-o. As investigações posteriores mostraram que esta informação era falsa e tudo não passou de um pretexto para aquela guerra absurda.
Na mesma toada de ser cético — agora não quanto a fazer o acordo, mas sim quanto à eficácia do acordo — vieram Folha e Estadão. O jornalão dos Mesquita novamente usou Marina Silva para reforçar o ceticismo. Para a senadora, a estratégia do Irã ao fechar acordos como o do ano passado e o atual é ganhar tempo. “É bom não perder a perspectiva histórica, de que aquele país tem perseguido a construção de artefatos nucleares e da bomba atômica. Há indícios que preocupam”, avaliou (trecho da matéria publicada no portal Estadão hoje).
Na Folha Online, a forma de tentar reduzir a importância do acordo foi destacar o anúncio de que o Irã afirmou que irá continuar enriquecendo urânio a 20% (em uma linha final de um dos vários textos do portal UOL, é dada a informação — sonegada em quase todas notícias — de que para fazer uma bomba atômica é necessário enriquecer urânio a 90%!).
Também repercutiu as opiniões céticas de “analistas internacionais” — sempre dos EUA e das potências nucleares europeias, interessadas diretas em bloquear o acesso dos países em desenvolvimento à tecnologia nuclear, porém deu espaço a um articulista iraniano que deu uma visão diferenciada, enfatizando o papel importante de mediação do Brasil e da Turquia, vistos como países “amigos” do Irã, ao contrário dos demais membros do Conselho de Segurança da ONU.
O que chama a atenção nesta cobertura? Primeiro, o alinhamento ideológico da mídia conservadora a uma política internacional de submissão aos Estados Unidos e demais potências mundiais, criticando qualquer iniciativa internacional independente da chancelaria brasileira, em especial a geopolítica Sul-Sul.
Segundo, a transformação do espaço de noticiário em lugar de manifestação explícita de opinião e uma “quase torcida” para que estas iniciativas da chancelaria brasileira fracassem e, quando dão certo, a recusa em reconhecer o erro de avaliação.
E, terceiro, a postura desavergonhada de ocultação de informações (por exemplo, que este enriquecimento do urânio no Irã não é suficiente, nem de longe, para a fabricação de armas nucleares), de escolha ideológica de fontes (todas elas das grandes potências, em especial dos EUA) e a tentativa de construção de um consenso de que a ação política das “potências ocidentais” é o lado do bem e o Irã, o lado “mau”.
E, travestidos de vestais do bem, os jornais pouco deram espaço — como dão, por exemplo, quando a China ou Cuba expulsam um dissidente político — ao fato de que Israel impediu o pensador judeu norte-americano Noam Chomsky de fazer uma palestra em Ramallah porque ele é um crítico áspero da política israelense para os palestinos. Será que isto não é ataque à “liberdade de expressão” ou isto acontece só quando vem do Chávez, do Castro ou do Lula?
Vox Populi dá liderança a 6 aliados do governo Lula em 9 estados
São Paulo - A pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi, encomendada pela TV Bandeirantes, mostra candidatos governistas liderando em seis dos nove estados mais o Distrito Federal. Pré-candidatos do PSDB lideram em dois, um Democrata aparece na ponta.
Os tucanos vão bem em São Paulo (Geraldo Alckmin tem 51%) e no Paraná (Beto Richa aparece com 40%. O único representante do DEM na liderança é no Rio Grande do Norte, com a senadora Rosalba Ciarlini (49%).
O PT aparece em vantagem na Bahia, com Jaques Wagner, e no Rio Grande do Sul, com o ex-ministro da Justiça, Tarso Genro. Em busca da reeleição, Wagner tem 41%, nove a mais do que Paulo Souto (DEM) e 32% a frente de Geddel Vieira Lima (PMDB).
A governadora Yeda Crusius está 20 pontos atrás, com apenas 10% em busca da reeleição. Ela recebe nesta sexta-feira o pré-candidato à Presidência de seu partido, José Serra. Tarso impõem apenas cinco pontos sobre o ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB), e estão empatados tecnicamente pela sobreposição da margem de erro (32% a 27%).
Outro aliado de Lula é Eduardo Campos (PSB), que busca o segundo mandato. Ele seria reeleito com 57% dos votos se a eleição fosse hoje, aponta o Vox Populi. O percentual é o dobro de Jarbas Vasconcelos (PMDB), contrário à aliança nacional de seu partido com Dilma Rousseff.
Na Paraíba, o governador José Maranhão aparece com 55%, oito pontos a mais do que Ricardo Coutinho (PSB) e 36 pontos em relação a Cícero Lucena (PSDB).
Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, Hélio Costa (PMDB) lidera com 45% contra 17% do governador em exercício Antonio Anastasia (PSDB). O vice de Aécio Neves (PSDB) também ficaria atrás se o concorrente fosse o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT). O petista teria 35% a 21%.
No Distrito Federal, Joaquim Roriz (PSC) tem 42%, enquanto o petista Agnelo Queiroz aparece com 32%. A tucana Maria de Lurdes Abadia teria 6%. Existe a possibilidade de Roriz angariar o apoio do PSDB.
Presidência
Na disputa ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff está à frente em seis das dez unidades da federação pesquisadas. A maior vantagem é em Pernambuco e na Paraíba – 29 e 26 pontos, respectivamente. No Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte e Distrito Federal, a margem oscila de 13 a 10 pontos.
Serra vai melhor em quatro. No Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná a vantagem tucana é de 12 a 15 pontos. Em Minas Gerais, apenas três pontos separam os concorrentes.
Resultados Vox Populi
Paraná
Candidato | Percentual |
---|---|
Beto Richa (PSDB) Osmar Dias (PDT) Orlando Pessuti (PMDB) | 41% 33% 10% |
São Paulo
Candidato | Percentual |
---|---|
Geraldo Alckmin (PSDB) Aloizio Mercadante (PT) Celso Russomano (PP) Paulo Skaf (PSB) | 51% 19% 12% 2% |
Rio de Janeiro
Candidato | Percentual |
---|---|
Sérgio Cabral (PMDB) Fernando Gabeira (PV) Anthony Garotinho (PR) | 40% 19% 18% |
Rio Grande do Sul
Candidato | Percentual |
---|---|
Tarso Genro (PT) José Fogaça (PMDB) Yeda Crusius (PSDB) Beto Albuquerque (PSB) Luis Augusto Lara (PTB) Pedro Ruas (PSOL) | 32% 27% 10% 7% 1% 1% |
Rio Grande do Norte
Candidato | Percentual |
---|---|
Rosalba Ciarline (DEM) Carlos Eduardo Alves (PDT) Iberê Ferreira de Souza (PSB) Miguel Mossoró (PTC) | 49% 16% 15% 2% |
Paraíba
Candidato | Percentual |
---|---|
José Maranhão (PMDB) Ricardo Coutinho (PSB) Cícero Lucena (PSDB) | 43% 35% 7% |
Minas Gerais
Cenário 1 | Percentual |
---|---|
Hélio Costa (PMDB) Antonio Anastasia (PSDB) | 45% 17% |
Cenário 2 | Percentual |
---|---|
Fernando Pimentel (PT) Antonio Anastasia (PSDB) | 35% 21% |
Bahia
Candidato | Percentual |
---|---|
Jaques Wagner (PT) Paulo Souto (DEM) Geddel Vieira Lima (PMDB) Luis Bassuma (PV) | 41% 32% 9% 1% |
Distrito Federal
Candidato | Percentual |
---|---|
Joaquim Roriz (PSC) Agnelo Queiroz (PT) Maria de Lourdes (PSDB) Rogério Rosso (PMDB) Alberto Fraga (DEM) | 42% 32% 6% 4% 3% |
Pernambuco
Candidato | Percentual |
---|---|
Eduardo Campos (PSB) Jarbas Vasconcelos (PMDB) Kátia Telles (PSTU) Edilson Silva (PSOL) Sérgio Xavier (PV) | 57% 28% 1% 1% 0,5% |
Justiça manda soltar condenado pela morte de Dorothy
O fazendeiro Regivaldo Galvão, conhecido como Taradão, conseguiu a liberdade provisória e será solto. No dia 1º de maio, o fazendeiro foi condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang. Taradão foi acusado de ser um dos mandantes do crime. Dorothy foi morta em fevereiro de 2005, em Anapu, no Pará.
A desembargadora Maria de Nazaré Gouveia, do TJPA (Tribunal de Justiça do Pará) assinou a decisão na terça-feira (18). A defesa do fazendeiro recorreu do julgamento e pediu que ele esperasse a análise do recurso em liberdade. Com a decisão, Taradão deve ser solto até quinta-feira (20).
O fazendeiro foi considerado um dos mandantes do assassinato, tendo dividido este papel com outro fazendeiro, Vitalmiro Moura, o Bida, também condenado a 30 anos de prisão no dia 13 de abril deste ano. Outros envolvidos no crime – os pistoleiros Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista, e o intermediário Amair Feijoli da Cunha – já haviam sido condenados.
Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros em 12 de fevereiro de 2005. As investigações do crime indicaram que Bida seria o mandante do homicídio e o primeiro julgamento dele, em 2007, o condenou a 30 anos de cadeia. A pena permitiu ao fazendeiro ter um novo júri popular, e ele conseguiu a absolvição. A segunda sentença foi anulada e o terceiro julgamento deveria ter ocorrido no dia 31 de março, mas foi adiado devido à ausência dos advogados de defesa. No dia 13 de abril, Bida foi condenado a 30 anos de cadeia.
Outros condenados pelo crime foram Rayfran das Neves, que cumpre pena de 28 anos de prisão, Clodoaldo Batista, condenado a 17 anos, e Amair Feijoli, a 18 anos.