PT e governo erram ao confiar na oposição

Os líderes do PT e do governo repetem no Senado o grave erro de acreditar na boa fé e nas palavras dos líderes da oposição, especialmente nos do PSDB e do DEM. Cometem não somente um grave erro, mas revelam uma postura de ilusão e conciliação com a oposição por interesses menores ou individuais.

Os líderes governistas estão mantendo postura defensiva com relação à CPI da Petrobras que, com o apoio de grande parte da mídia, tem o único e claríssimo objetivo de desestabilizar a empresa e o governo. E, mais do que isso, de inviabilizar a retomada do crescimento nacional.

O caminho pode ser diferente, porque a oposição está confrontada com graves denúncias de caixa 2 e de desvio de recursos públicos. Vejam os casos Efraim de Moraes, senador do DEM da Paraíba envolvido numa cascata de escândalos, e Yeda Crusius governadora tucana gaúcha, cuja campanha em 2006 e os 29 meses de governo estão mergulhados numa infinidade de denúncias de irregularidades!

Oposição quer evitar atenção de denúncias que a atingem

Com a CPI, a oposição está desviando a atenção do país de casos como estes. É o que ela fez recentemente com as denúncias de caixa 2 que atingiram seus partidos e senadores como Flexa de Lima (PSDB-PA) e Agripino Maia (DEM-RN), e também a legenda linha-auxiliar tucana, o PPS.

A oposição não cumpre acordos. O último que desrespeitou foi sobre a própria CPI da Petrobras, firmado na presença de todos os líderes partidários e do presidente do Senado. Concordaram que, com o comparecimento do presidente da Petrobras, Sérgio Gabrieli, para depoimento em audiência pública a três comissões permanentes do Senado, não convocariam a CPI. Rasgaram em público o que haviam acertado.

Os partidos que apóiam o governo têm maioria democrática no Senado, devem exercer esse direito em sua plenitude na CPI e defender a Petrobras e o Brasil. É disso que se trata.

Xerox : : Zé Dirceu

Nenhum comentário:

Postar um comentário